deito nas mãos
retalhos do barro antigo
e adentro o
tempo
como o
alcatraz o albor
de manhã
desenho
tijolos
junto-os um
por um
de tarde
construo o
alicerce
as
paredes
o telhado as
portas as janelas
o fogão de lenha
de noite
a bisa
conversa
sentada na
cadeira de balanço na varanda
a vó prepara
bolo de fubá
e
a mãe (silenciosa) põe os meninos para dormir
a casa de
barro está pronta
Poema do livro Memorial dos meninos | Rudinei Borges | 2014